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Região Sul do Brasil é líder em competitividade

Em ranking nacional, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul aparecem entre os cinco estados mais competitivos do país. Entenda como sua empresa pode se beneficiar deste cenário.

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Competitividade é conhecida como a característica de algo ou alguém que é competitivo. Muito além desta simples definição, contudo, no cenário econômico, político e empresarial, esta característica representa crescimento, inovação, eficiência e superação. Na edição 2019 do Ranking de Competitividade dos Estados, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), a região sul do Brasil é apontada como líder em competitividade e este cenário pode ser favorável ao desenvolvimento de negócios e crescimento de sua empresa. Neste artigo, vamos te explicar o porquê.

O que é o Ranking de Competitividade dos Estados?

Realizado anualmente desde 2011, o ranking visa pautar a atuação de líderes e empresários na melhoria da competitividade dos seus estados e regiões. Com base em 10 pilares estratégicos e 69 indicadores, a pesquisa determina uma visão sistêmica da gestão pública estadual, com impacto em negócios e empresas.

Nesta edição do ranking, o estado de São Paulo foi apontado como o mais competitivo do Brasil, seguido por Santa Catarina, Distrito Federal, Paraná e Mato Grosso do Sul. O Rio Grande do Sul aparece na 7ª colocação, mas mesmo assim a representatividade do sul é evidente e certamente favorável às empresas com sede na região.

De que forma minha empresa pode ser impactada?

Na visão da diretora executiva do CLP, Luana Tavares, “um estado competitivo é aquele que consegue atender às necessidades da população e gerar um ambiente de negócios favorável”. Portanto, os indicadores analisados neste ranking têm impacto direto do desempenho da economia local, no desenvolvimento de negócios e no crescimento de empresas. Conheça os principais indicadores e entenda porque a competitividade do estado é primordial para o sucesso de sua empresa.

Infraestrutura

Este pilar é considerado a base material da sociedade. Trata-se do conjunto de condições que permite a produção de bens e serviços, assim como o fluxo entre a sua empresa e seus clientes. Neste caso, envolve indicadores como o custo e acesso à energia elétrica, o custo de combustíveis, a disponibilidade de voos, a mobilidade urbana e a qualidade de rodovias.

Região Sul do Brasil é líder em competitividade

Considerando este panorama, os estados do Paraná e Santa Catarina aparecem na 3ª e 4ª colocação no ranking de infraestrutura, enquanto o Rio Grande do Sul aparece na 18ª posição, com 31,5 pontos (de 100).

No estado gaúcho, um dos principais gargalos é a condição viária e ciente desta situação, neste ano, o governo anunciou investimentos de R$3,4 bilhões em concessões de estradas e rodoviária de Porto Alegre. O programa de parcerias com a iniciativa privada inclui as concessões da RS-287, da RS-324 e da rodoviária da capital. Consultas públicas sobre a privatização já foram realizadas e o projeto segue em análise.

Solidez fiscal

De acordo com o governo do estado, as privatizações no Rio Grande do Sul terão também reflexo em outro importante indicador: sua capacidade de investimento. Tal índice impacta diretamente o desempenho de estados no ranking e colocou o Rio Grande do Sul na última colocação, quando avaliada a solidez fiscal do estado.

Indicadores como autonomia fiscal, resultados nominais, solvência fiscal e capacidade de investimentos, típicos da iniciativa estatal, podem ser facilmente transportados para a iniciativa privada e representam a capacidade de empresas de alcançar o sucesso em sua execução orçamentária. Para tanto, um fluxo de caixa saudável e o equilíbrio de contas é fundamental e recursos inovadores podem potencializar tal cenário: a antecipação de recebíveis é um deles.

Eficiência da máquina pública

Surpreendentemente, com a exceção de seis estados, o Brasil alcançou índices superiores a 50 pontos quando analisada a eficiência da máquina pública no país, alcançando os 100 pontos no Distrito Federal e aproximando-se deles nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Tal pilar analisa custos com os poderes executivo, judiciário e legislativo, a eficiência deste setores e índices de transparência. Portanto, é de conhecimento geral que, apesar do bom resultado em algumas regiões, é preciso melhorar.

A atuação dos poderes executivo e legislativo afeta diretamente o desenvolvimento das empresas do país e, em Santa Catarina, a promessa do governo é otimizar a máquina pública a ponto de ser equiparada com a eficiência da iniciativa privada.

Em seu discurso de posse, o governador do estado, Carlos Moisés da Silva, se comprometeu com a transparência e a prioridade de investimentos em infraestrutura. Entre as medidas apontadas, foram citadas a informações de processos e o uso de aplicativos.

Potencial de mercado

Este pilar avalia o crescimento potencial da força de trabalho e o tamanho e taxa de crescimento do mercado regional. No ranking que avalia potencial de mercado, o melhor desempenho do sul ficou com Santa Catarina (na 8ª colocação) e o pior foi do Rio Grande do Sul (na 15ª colocação).

Região Sul do Brasil é líder em competitividade

De acordo com dados da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) do Rio Grande do Sul, o estado tem a menor taxa de crescimento populacional do país. Considerada uma região “fechada” para trocas migratórias, devido a baixos percentuais de emigrantes e imigrantes, a região sente o impacto econômico de tal indicador.

Na visão da secretária Leany Lemos, o RS tem o grande desafio, após superar questões fiscais, de tornar-se capaz de atrair novos investimentos, reduzir a burocracia estatal e estimular a inovação. Que trata-se, inclusive, de outro pilar primordial para o bom desempenho do estado no ranking de competitividade.

Inovação

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm motivos para se orgulhar quando o assunto é inovação. Em destaque no topo do ranking, atrás apenas de São Paulo, o sul do país apresenta resultados favoráveis em indicadores de pesquisa e desenvolvimento, patentes e produção acadêmica. O mesmo cenário, no entanto, não é refletido no panorama nacional.

De acordo com o Índice Global de Inovação (IGI), o Brasil perdeu duas posições no ranking mundial, ocupando a 66ª colocação neste ano. Um dos fatores determinantes para o resultado foi a piora na avaliação de insumos para inovação, ou seja, o conjunto de ferramentas disponíveis no país para o desenvolvimento da inovação.

Perante tais índices, é evidente que o Brasil tem muito a melhorar, mas isso não significa que não possamos comemorar pequenas vitórias. O caminho por uma economia mais competitiva passa pela inovação, pelo desenvolvimento e investimentos na indústria nacional. Seguindo tal trajetória, o aumento da competitividade nacional será apenas o começo.

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