Blog

OKRs financeiros: quais utilizar e como implantar

Os OKRs (Objectives and Key Results) se tornaram populares depois que Andy Grove, então CEO da Intel, introduziu uma gestão de metas chamada de “iMBO” ou “Intel Management by Objectives”. A iMBO fazia referência à Management by Objectives (Gestão por Objetivos), tradicional prática de gestão idealizada por Peter Drucker. Uma característica importante do processo liderado […]

Leia também

Os OKRs (Objectives and Key Results) se tornaram populares depois que Andy Grove, então CEO da Intel, introduziu uma gestão de metas chamada de “iMBO” ou “Intel Management by Objectives”. A iMBO fazia referência à Management by Objectives (Gestão por Objetivos), tradicional prática de gestão idealizada por Peter Drucker.

Uma característica importante do processo liderado por Grove é que todos na empresa participavam ativamente do iMBO estabelecendo metas trimestrais e anuais, acompanhadas por planos de ação intitulados de ‘key results’ ou resultados-chave.

O CEO entendia que, assim, era possível definir e monitorar metas de maneira clara e eficaz em toda a organização, fazendo ajustes por meio de revisões periódicas. Embora não seja possível atribuir a criação exclusiva dos OKRs a Andy Grove, foi o executivo que popularizou a metodologia que vem sendo adaptada e refinada por diversos profissionais e organizações desde então.

A importância dos OKRs para a gestão

A abordagem dos OKRs é orientada para resultados e tem como objetivo alinhar diferentes indivíduos e equipes em torno de metas estratégicas comuns, dando mais transparência ao processo e definindo ‘donos’ para cada responsabilidade.

A começar pelo alinhamento; a metodologia garante que todos trabalhem voltados aos mesmos objetivos, maximizando os resultados da empresa. Além disso, os OKRs dão mais clareza e foco sobre as metas a serem alcançadas, já que definem as prioridades a serem buscadas com base nos resultados que realmente interessam.

O que torna a metodologia dinâmica é que os OKRs podem ser mensurados e monitorados, graças à sua estrutura de indicadores. Assim, as equipes conseguem acompanhar seu progresso ao longo da jornada e fazer correções, mantendo-se ágeis e focadas nas metas mais relevantes.

Em suma, os OKRs desempenham um papel fundamental na estratégia de gestão, pois fornecem um framework que promove o alinhamento, a clareza, a medição, a responsabilização e a adaptação contínua. Eles facilitam a tarefa de se concentrar nos resultados que realmente importam e a impulsionar o sucesso no longo prazo.

OKRs financeiros: quais utilizar?

Ao ‘direcionar a lupa’ para os OKRs da área financeira, é possível traçar objetivos que se concentram nos resultados que a empresa pretende alcançar em determinado período e que serão usados para medir e impulsionar seu desempenho financeiro. Entre os exemplos de OKRs financeiros estão:

  1. Receita: define metas para o aumento da receita total, receita por segmento de negócios ou receita de produtos específicos. Isso pode envolver o estabelecimento de metas de crescimento percentual, aquisição de novos clientes ou aumento de vendas em segmentos de mercado específicos.
  2. Lucro: estabelece metas para melhorar a margem de lucro bruto ou líquido da empresa. Isso pode incluir a redução de custos, aumento da eficiência operacional ou melhorias na precificação de produtos e serviços.
  3. Fluxo de caixa: define metas para melhorar o fluxo de caixa da organização, como aumentar o fluxo de caixa operacional, reduzir o ciclo de conversão de caixa ou melhorar a gestão do capital de giro.
  4. Rentabilidade de investimentos: estabelece metas relacionadas ao retorno sobre o investimento (ROI) em projetos específicos, como lançamento de produtos, expansão de mercado ou iniciativas de desenvolvimento de novos negócios.
  5. Redução de custos: define metas para a redução de custos operacionais, despesas gerais e administrativas ou outros custos específicos. Isso pode envolver a identificação de áreas de desperdício, otimização de processos ou negociação de melhores condições com fornecedores.

É importante que os OKRs financeiros sejam ambiciosos, mas também realistas. Eles devem ser mensuráveis ​​e baseados em métricas financeiras específicas, para que o progresso possa ser acompanhado e avaliado ao longo do tempo.

Além dos OKRs financeiros, é comum que as organizações também definam objetivos em outras áreas estratégicas, como crescimento de mercado, satisfação do cliente, inovação ou desenvolvimento de talentos. Esta combinação de OKRs financeiros e não financeiros ajuda a criar uma visão mais ampla e equilibrada do desempenho e sucesso da empresa.

6 passos para implantar OKRs financeiros

  1. Compreenda a estratégia: antes de estabelecer os OKRs financeiros, é essencial compreender a estratégia da organização. Isso envolve entender os objetivos estratégicos de longo prazo e identificar as áreas financeiras-chave que contribuem para o sucesso da empresa. Alinhar os OKRs financeiros à estratégia garantirá que eles estejam voltados para os resultados mais relevantes para o negócio.
  2. Estabeleça objetivos financeiros principais: identifique os principais objetivos financeiros que a organização deseja alcançar em um determinado período. Isso pode incluir metas relacionadas à receita, lucratividade, fluxo de caixa, retorno sobre investimento, entre outros. Esses objetivos devem ser desafiadores, porém alcançáveis e sempre alinhados à estratégia da organização.
  3. Defina resultados-chave: para cada objetivo financeiro, estabeleça os resultados-chave que serão usados para medir o progresso e o sucesso. Tais resultados devem ser indicadores financeiros específicos e – novamente – mensuráveis. A característica de se poder medir, aliás, predomina nesta metodologia como um todo.
  4. Comunique e engaje as partes interessadas: comunique claramente os objetivos financeiros e os resultados-chave para toda a organização. É importante envolver as partes interessadas relevantes, como líderes de equipe, gerentes e membros da equipe financeira. Explique os benefícios da metodologia, a importância dos objetivos e o papel de cada um no processo.
  5. Aloque recursos e defina responsabilidades: identifique os recursos necessários para alcançar os OKRs financeiros e atribua responsabilidades claras a cada membro do time e à equipe como um todo. Certifique-se de que as pessoas tenham as habilidades, conhecimentos e ferramentas necessárias para alcançar os objetivos. Estabeleça um sistema de prestação de contas para garantir que todos estejam comprometidos com o progresso e o sucesso dos OKRs financeiros.
  6. Monitore e revise regularmente: é preciso acompanhar o progresso dos OKRs financeiros regularmente e fazer revisões trimestrais para avaliar o desempenho e realizar ajustes, quando necessário. Você pode promover reuniões de acompanhamento para discutir o progresso, os desafios e as ações corretivas. Assim, torna-se possível aprender com os resultados e realizar os ajustes adequados para melhorar continuamente o desempenho financeiro.

Na implementação dos OKRs financeiros é muito importante garantir que o processo seja contínuo e colaborativo; que estejam todos preparados para trabalhar com flexibilidade a fim de se adaptar às mudanças nas condições e prioridades; e que, sempre que necessário, os objetivos sejam revistos e ajustados para o sucesso da empreitada.

Você também pode gostar – GTD: os 5 passos da metodologia de autogerenciamento.

Para ler mais conteúdos sobre gestão empresarial e financeira, acompanhe nosso blog e siga-nos no LinkedIn, Instagram e Facebook.

Carregando...